o desafio em ser solteira há muito tempo é que sei sentir muito bem quem me acrescenta, quem me eleva e quem não. e quando não me faz feliz, não me eleva, nem acrescenta, simplesmente sou transparente e partilho o que sinto. não faço fretes. não fico a tentar indefinidamente. nem quero ficar a duvidar de mim e a tentar encaixar e a tentar dar certo. confio em mim, no meu coração e no corpo. e isso já me levou a estar com alguém no primeiro encontro e já me levou a dizer que não sem nunca ter sequer beijado alguns encontros depois. confiar no corpo, em mim e no coração levar-me-à sempre a bom porto. onde for para ser vai ser leve, fluído, fácil, sem dor ou sofrimento para nenhum dos envolvidos. hoje disse que não. fui dramática. mas recuso-me a estar numa relação que me pese, que me faça estabelecer os meus limites e em que tenha que me fazer respeitar. há pessoas que conhecemos e sabemos que estamos em casa. há pessoas que conhecemos e sabemos que nunca nos seremos blimundas, que nos seremos eternamente estrangeiros. forçar é criar dor e sofrimento. aceitar e deixar fluir. talvez noutra vida, noutra fase, noutro encontro. respeitemos o que sentimos. respeitemos o nosso corpo. respeitemos o nosso coração. hoje é dia de festa. hoje foi dia de estabelecer limites e de me proteger. hoje foi dia de me priorizar. porque me amo e sou prioridade.