18 de março de 2025

 habituei-me a beber a dor a tragos, engolia-a de uma vez como fazia com os shots. ainda sorria no final fingindo que não era nada. de tanto fingir até eu acreditei que não era nada. mas o corpo tem memória. nós temos memória mesmo que tentemos esquecer. 

agora a dor volta-me a tragos. aos poucos. assim é o luto. agora permito-me viver a dor, permito-me estar triste e a sofrer. só assim posso viver também a felicidade. vivendo os sentimentos quando os sinto.

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Dizei de vossa justiça (: